A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios deverá criar subcomissões formadas por pequenos agrupamentos de parlamentares, a partir da próxima semana, como forma de tornar ágil a análise de documentos e a tomada de depoimentos. A informação foi prestada hoje pelo líder do PT no Senado e presidente da CPI, Delcídio Amaral (MS), e pelo relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), após se reunirem com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim.
"Vamos dar mais agilidade e sistematizar os trabalhos, com a criação de grupos menores, que se responsabilizarão a passar as informações ao relator", afirmou Amaral.
"Temos 44 requisições aprovadas para a tomada de depoimentos. Com os grupos, poderemos tomar vários depoimentos, simultaneamente", estimou. Segundo Serraglio, ainda não está definido quantas serão as comissões secundárias e quando serão instaladas. "Provavelmente, a definição sairá na próxima semana" adiantou.
Eles informaram ainda que a assessoria técnica da CPI trabalhará durante todo o fim de semana na catalogação de papéis e no exame das movimentações financeiras das empresas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, suspeito de ser o operador do "mensalão".
"Não tenho nenhuma dúvida de que, na próxima semana, teremos um retrato muito claro das movimentações financeiras das empresas de Valério, com a origem e o destino dos recursos", assegurou Amaral.
Ao observar que a CPI enfrenta um "tsunami de documentos", o líder do PT no Senado alertou para que os integrantes da comissão tenham mais cautela ao dar informações à imprensa. "Se não tiver uma avaliação crítica, nós informamos mal a imprensa", avaliou.