Brasília – Para evitar mais confronto entre oposição e governo, a CPI dos Correios decidiu não votar os relatórios parciais sobre movimentação financeira do empresário Marcos Valério de Souza e dos contratos feitos pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), já concluídos. Por acordo fechado hoje entre os integrantes da CPI, elogiado pelo presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS), os documentos serão encaminhados como subsídos ao relator-geral, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). " Somos todos seres engajados e isso influi o nosso comportamento. Esta CPI está nos cansando, a todos", afirmou o senador Jefferson Péres (PDT-AM), pedindo que a CPI evitasse atritos maiores.
O PT chegou à CPI disposto a marcar posição e entregou um relatório paralelo sobre movimentação financeira para contestar mais de 100 itens do texto apresentado pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). O objetivo é rebater a tese de que os empréstimos feitos por Marcos Valério não existiram e afirma que o esquema foi montado pelos tucanos para financiar a campanha à reeleição ao governo de Minas do hoje senador Eduardo Azeredo em 1998.
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