CPI dos Bingos rebate crítica da Caixa

A CPI dos Bingos divulgou nota rebatendo a posição da Caixa Econômica Federal sobre o parecer preliminar do relator Garibaldi Alves (PMDB-RN), apresentado ontem. O relator afirma que houve pagamento de propina na renovação do contrato da CEF com a Gtech para operação do sistema de loterias, e pede o indiciamento de 34 pessoas, entre eles ex e atuais dirigentes da instituição. A Caixa chamou o parecer de "instrumento eleitoral".

A Comissão afirma, na nota divulgada há pouco, que o relator não pretende polemizar com a Caixa, "quando esta abandona a postura de serenidade adequada a um órgão da administração pública para adjetivar grosseiramente o trabalho de investigação parlamentar expressamente autorizado pela Constituição". Diz ainda que "esta adjetivação rude e despropositada utilizada pela instituição não consegue ocultar o caráter substantivo do relatório preliminar acerca das relações com a Gtech, nem a imparcialidade política com a qual tais relações foram vistas pelo relator ao longo dos governos que se sucederam no País".

A CPI rebate ainda o principal argumento de defesa da Caixa, o de que sua negociação com a Gtech teria sido apoiada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo a nota da comissão, a decisão do TCU mencionada pela Caixa não se refere a todas as providências adotadas pela atual gestão da Caixa, mas apenas às respostas a quatro perguntas formuladas pela própria CPI dos Bingos sobre as contradições existentes entre depoimentos de ex e atuais dirigentes da Caixa e dirigentes da Gtech.

"O citado relatório do TCU não trata de questões referentes a custos do contrato e nem de descumprimentos de normas na renovação ocorrida em abril de 2003, visto que esses pontos já haviam sido abordados em relatório do próprio TCU, entregue a esta CPI pelo procurador Lucas Furtado", afirma a nota da CPI.

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