CPI dos Bingos ouve, em SP, sete presos acusados no caso Celso Daniel

A CPI dos Bingos está ouvindo hoje, em São Paulo, sete presos acusados de envolvimento no assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorrido em janeiro de 2002. Os depoimentos na capital paulista estão sob a responsabilidade do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que integra a CPI. Além do parlamentar, os delegados da Polícia Civil, Elizabeth Sato, Edson Santi e Armando do Santos e o promotor do Ministério Público, Amaro José, acompanham os depoimentos.

O primeiro preso ouvido é Ivan Rodrigues da Silva. Ele começou a depor na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na região central, pouco antes das 11 horas. Ivan reafirmou que participou do seqüestro de Celso Daniel e que retirou sozinho o prefeito de Santo André da Blazer no momento do seqüestro.

O detento afirmou que, até a chegada no cativeiro, Celso Daniel se manteve calado. "Ele não falava nada, apenas pediu calma", comentou, ressaltando que não houve planejamento prévio do seqüestro e que a vítima foi escolhida aleatoriamente. Ivan confirmou ter participado de quatro homicídios e de 18 extorsões mediante seqüestro. Preso na Penitenciária 2 de Franco da Rocha (SP), foi trazido a São Paulo especialmente para prestar esclarecimentos à CPI.

Segundo previsão da Polícia Civil, o próximo depoente será Elcyd Oliveira Brito, preso na Penitenciária 3 de Franco da Rocha. Em seguida José Edson da Silva e Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira. Os depoimentos de Itamar Messias Silva Santos, Marcos Roberto Bispo dos Santos e José Erivan Aleixo da Silva devem encerrar os trabalhos da CPI dos Bingos hoje em São Paulo.

Os sete presos foram trazidos nesta manha para o DHPP em uma operação que envolveu 50 policiais.

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