Brasília ? Após o depoimento de Juscelino Dourado, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, o presidente da CPI, senador Efraim Morais (PFL?PB) disse que mantém a votação, para daqui duas semanas, sobre a convocação do ministro Antonio Palocci para depor.

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"Não estamos fazendo a convocação do ministro só em função de um depoimento, mas em função de um conjunto de depoimentos que foram feitos na CPI. Nós temos um requerimento e eu, como presidente, minha obrigação é colocar em pauta. É isso que eu vou fazer" disse. O requerimento é de autoria do senador Geraldo Mesquita (PSOL?AC).

Já o relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB?RN) não concorda que seja o momento de chamar o ministro à comissão. "Vamos colocar o requerimento porque temos que colocar (em votação). Do meu ponto de vista, ainda não há subsídios que levam à convocação dele (Palocci). Temos que nos preparar melhor. O ministro não vai acrescentar muita coisa, ele já deu uma longa entrevista e precisamos ver o que indagar ao ministro", disse o relator.

Em seu depoimento hoje (31), Juscelino Dourado falou sobre a suposta duplicação de seu patrimônio, respondendo que todos os valores já divulgados estão declarados em seu imposto de renda e que a declaração será entregue à comissão. Ele disse que assuntos relacionados à empresa Gtech nunca foram tratados no gabinete do ministro. Quanto ao fato de entregar seu cargo de assessor da Fazenda, Dourado afirmou que quando seu nome começou a ser divulgado, ele colocou seu cargo a disposição do ministro Palocci. "Ele disse que não vê razão para a entrega do meu cargo e (disse) para que eu ficasse tranqüilo com isso".

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Na próxima semana, a CPI não terá nenhum depoimento. De acordo com o senador Efraim Morais, a Semana na Pátria será usada pela comissão para analisar com profundidade os documento recolhidos.