Brasília ? A convocação do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos, será discutida amanhã. Os senadores membros da CPI querem que ele explique denúncias de corrupção na sua gestão na prefeitura de Ribeirão Preto.

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A CPI também investiga supostos repasses de recursos do exterior para o financiamento da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002. Em audiência realizada semana passada na Comissão de Assuntos Econômicos, o ministro disse que não houve dinheiro "de Cuba, de Angola ou das FARC’s" (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) para a campanha de Lula à Presidência da República.

Palocci foi escolhido para coordenar o programa de governo do candidato do PT depois do assassinato do prefeito de Santo André, Celso Daniel, que seria o coordenador de sua campanha eleitoral.

A CPI dos Bingos vai ouvir também na terça-feira o presidente nacional do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamoto. Ele teria pago uma dívida pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o PT, no valor de R$ 29.436,26, entre dezembro de 2003 e fevereiro de 2004. Nota divulgada pelo partido, na época em que as informações foram veiculadas pela imprensa, dizia que a dívida era relativa a despesas com viagens feitas em 2002.

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Na quarta-feira (23), será ouvida a empresária do ramo de transportes Rosângela Gabrilli, que tinha contratos com a Prefeitura de Ribeirão Preto (SP) à época da gestão do prefeito Palocci. E na quinta-feira é a vez de Hélcio Barbosa Cambraia Júnior, suspeito de estar envolvido no esquema de tráfico de influência durante as negociações para a renovação do contrato para gerenciamento lotérico entre a Caixa Econômica Federal e a multinacional Gtech.

O ministro Antonio Palocci deverá comparecer amanhã na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

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