Brasília – Na próxima quarta-feira (1º), a Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos deve ouvir Messias Antônio Ribeiro Neto, ex-sócio do empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Em depoimento à Polícia Federal, em 2004, Messias confirmou a relação entre Waldomiro Diniz e Carlinhos Cachoeira.

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Waldomiro Diniz era assessor da Casa Civil da Presidência da República, mas foi exonerado do cargo em fevereiro de 2004, após divulgação de uma fita de vídeo em que aparece pedindo propina a Carlinhos Cachoeira. Waldomiro também foi acusado de favorecer o empresário em 2001 e 2002, quando era diretor da Loteria do Rio de Janeiro (Loterj), e de ter influenciado a renovação de contrato da empresa de serviços lotéricos Gtech com a Caixa Econômica Federal em 2003, quando já trabalhava na Casa Civil.

A CPI dos Bingos pede o indiciamento de Waldomiro e de 33 pessoas, no relatório parcial que trata da renovação do contrato da Caixa com a Gtech e que deve ser votado na próxima terça-feira (31). Para o relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), Waldomiro deve ser indiciado por crime contra o processo licitatório e improbidade administrativa.

Na quarta-feira, está previsto o depoimento do empresário Roberto Carlos Kurzweil, dono da locadora de um Ômega preto que teria sido utilizado para transportar dinheiro do aeroporto de Campinas até São Paulo. Segundo denúncia da revista Veja, o dinheiro viria de Cuba para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista à revista, dois ex-assessores de Antonio Palocci na Prefeitura de Ribeirão Preto disseram ter ouvido que o governo cubano enviou dinheiro para a campanha.

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