A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos aprovou um requerimento do relator, senador Garibaldi Alves (PMDB), para que seja quebrado o sigilo bancário, fiscal e telefônico de nove empresas que prestam serviços e produzem maquinário para bingos.
Entre essas companhias, está a Cinco Telecom, pertencente a bingueiros angolanos, que, segundo o advogado Rogério Tadeu Buratti, ex-secretário de Governo da prefeitura de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, teriam contribuído com R$ 1 milhão para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, em troca da promessa de legalização da atividade dos bingos no País a CPI decidiu também pedir que a subcomissão de três senadores que esteve ontem (21) na Caixa Econômica Federal (CEF), agora acrescida do senador Romeu Tuma (PFL-SP), faça uma visita ao delegado Rodrigo Carneiro Gomes, da Polícia Federal (PF), incumbido da investigação da responsabilidade pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, mais conhecido como "Nildo", para lhe pedir pressa.
O líder da minoria no Senado, José Jorge (PFL-PE), argumentou que o prazo de 15 dias dado pela CEF para apurar a violação do sigilo de "Nildo" "é abusiva". "Não conheço nenhum sistema de informática que demore 15 dias para dar resposta", afirmou. "É o que todos estão dizendo: estão procurando um bode expiatório."
