CPI dos Bingos aprova quebra de sigilo de assessor de Palocci

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos aprovou hoje a quebra do sigilo fiscal, bancário e telefônico do assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, Ademirson Ariovaldo da Silva. Ontem (29), Silva prestou depoimento à CPI e pouco fez para esclarecer dúvidas do presidente da comissão, senador Efraim Morais (PFL-PB), e do relator, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN). "Ele negou tudo no depoimento", afirmou Alves Filho.

Integrantes da CPI queriam que Silva explicasse a série de ligações do telefone celular que ele usa para o então assessor da presidência da Caixa Econômica Federal (CEF), Ralf Barquete Santos, em dias cruciais da renovação do contrato da multinacional Gtech com o banco. Querem saber ainda do assessor de Palocci se os telefonemas foram para ele ou para o ministro da Fazenda, que também costumava falar por meio do mesmo número. No depoimento, Silva disse que desconhecia a empresa e só soube do caso de pedido de propina envolvendo a GTech pela imprensa. Morais informou ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu um habeas-corpus para o advogado Walter Santos Neto. Santos Neto, que prestou depoimento à CPI, é dono da MM Consultoria Jurídica. Ele deporá, novamente, amanhã (01), à CPI.

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