CPI do Tráfico de Armas quebra sigilo de 14 advogados e 16 suspeitos

O presidente da CPI do Tráfico de Armas, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), afirmou que foram quebrados os sigilos bancário, fiscal e telefônico de 14 advogados suspeitos de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A CPI aprovou também a quebra de outros 16 sigilos de criminosos e parentes de presos envolvidos com o crime organizado. Moroni acredita que boa parte do dinheiro que financia a "logística" do PCC – como a corrupção de funcionários em presídios, compra de telefones celulares e pagamento de advogados – passa por essas 30 contas. São 34 os advogados investigados pela CPI.

A partir das investigações dessas contas, a CPI pretende chegar ao que o deputado chama da "contas-mães", muito mais robustas, por onde passaria o dinheiro obtido com tráfico de droga, de armas, as contribuições obrigatórias dos integrantes do PCC e também dinheiro do aluguel de armamento para bandidos não vinculados à facção. "Há informações de que o PCC recebe R$ 750 mil mensais só em contribuições. Estamos pedindo uma devassa nessas contas, com ajuda do Banco Central e da Receita Federal. Se tirarmos estes recursos financeiros do PCC, eles não terão logística", disse o deputado, depois de ouvir o depoimento de dois advogados presos, Eduardo Diamante e Nelson Roberto Vinha.

O deputado acredita que um dos motivos para as novas ações da facção é a proximidade do início das transferências de presos mais perigosos para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná, recém-inaugurado. "É um fato marcante e um receio que eles têm, de ficarem isolados. Eles estão se sentindo encurralados e a besta-fera encurralada reage", disse o parlamentar.

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