O depoimento do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Elir Clarindo, dará
seqüência hoje (3) às audiências públicas promovidas pela Comissão Parlamentar
de Inquérito que investiga o tráfico de armas. Clarindo foi quem presidiu o
inquérito sobre armas brasileiras exportadas para o Sri-Lanka e que,
posteriormente, foram encontradas em mãos de traficantes cariocas. A sessão de
depoimento será às 14 horas no plenário 15 da Câmara dos Deputados.
Amanhã (4), a CPI deverá ouvir mais duas testemunhas envolvidas com o
comércio ilegal de armas: o advogado Luís Mário de Oliveira Belezza, de Bagé, no
Rio Grande do Sul, e o motorista Humberto Silva. Belezza foi preso com arsenal
que incluía pistolas, fuzis e munição. Já Humberto Silva dirigia o caminhão que
foi apreendido pela Polícia Federal no início do mês no Rio Grande do Sul. Na
operação, conhecida como Gatilho, a PF apreendeu o maior número de munição de
sua história.
Na semana passada, outros três envolvidos na Operação
Gatilho foram ouvidos. O depoimento de Humberto poderá esclarecer pontos
contraditórios como, por exemplo, se o funcionário da empresa de armamentos
Amadeo Rossi, Paulo Roberto Schiling da Silva, tem envolvimento com o comércio
ilegal.