O relatório final da CPI do Tráfico de Armas que será apresentado hoje vai pedir o indiciamento de pelo menos 16 pessoas, entre integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), advogados, contrabandistas e suspeitos de fraude em concurso público. Os nomes estavam em uma lista preliminar, mas, segundo o relator, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), outros podem ser incluídos até o início da sessão, às 14 horas.
A CPI responsabiliza não só o líder do PCC, Marcos Camacho, o Marcola, mas também os advogados Maria Cristina Rachado, Sérgio Wesley da Cunha, Ariane dos Anjos e Suzana Volpini pela onda de atentados cometidos em maio. Por isso, os parlamentares pedem o indiciamento dos quatro por homicídio qualificado e pelo crime de motim. Para o relator, os advogados tiveram papel fundamental na transmissão de informações entre os presos.
Maria Cristina e Sérgio Wesley serão acusados também de corrupção ativa, por terem subornado o técnico da CPI Arthur Vinicius Silva para obter cópias de depoimentos. Pimenta recomendará o indiciamento de Marcola e Ariane pelo assassinato do juiz-corregedor de Presidente Prudente, Antônio José Machado Dias, em 2003.
Marcola já é processado como mandante do crime, mas a advogada não tinha sido denunciada no episódio. No entanto, contatos telefônicos da advogada com integrantes do PCC nos dias anteriores e logo após o crime levaram o relator à convicção da participação de Ariane.