O ministro das Comunicações, Hélio Costa, defendeu nesta terça-feira (12) um acordo entre os partidos da base aliada ao Planalto pela recondução de Aldo Rebelo (PC do B-SP) à presidência da Câmara. "Acho que a continuidade do trabalho do Aldo é muito boa para a Câmara dos Deputados. E vejo que a essas alturas os partidos aliados, inclusive o PT, começam a entender assim também", disse Costa, ao participar da inauguração da sede reformada da prefeitura de Belo Horizonte.

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A coalizão em torno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o segundo mandato já tem dois possíveis candidatos: o atual presidente, que resiste em assumir a candidatura, e Arlindo Chinaglia (PT-SP), cujo nome já foi lançado. O PMDB, partido do ministro das Comunicações, promete escolher amanhã seu candidato para a disputa, em fevereiro de 2007. O partido, dono da maior bancada de deputados federais (89), reivindica o direito de ter candidato à presidência da Câmara.

Para Costa, porém, Aldo já demonstrou que é "uma pessoa que tem um perfil para o cargo" e possui "relação com todas as lideranças partidárias". "Vejo o Aldo como uma pessoa que consegue, com a sua eleição anterior e com a proposta de sua reeleição agora, chegar a todos os partidos políticos da base aliada".

O atual presidente da Câmara tem o apoio de Lula para continuar no cargo. Presente no evento, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, disse que está convencido de que até fevereiro as legendas chegarão a um entendimento para o lançamento de um nome de consenso. Embora tenha tratado como um "processo natural" o lançamento de candidaturas preliminares neste momento, ele recomendou "bom senso" às legendas aliadas ao Planalto.

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"Estou convencido de que os partidos da coalizão, todos os partidos da base aliada terão apenas um candidato na hora da eleição. Até lá é um processo natural. Os partidos têm peso, querem demonstrar que podem apresentar preliminarmente os seus nomes", afirmou Dulci. "Tem que haver bom senso para avaliar desses vários nomes apresentados qual é aquele que melhor unificará a base aliada".

O ministro das Comunicações lembrou a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE), que se beneficiou da divisão no PT. Segundo ele, o governo aprendeu com os erros. "Repetir o ano passado eu duvido. Acho que a gente aprende com os erros, acho que no ano passado faltou exatamente conversas de alto nível, faltou entendimento no topo da pirâmide, vamos assim dizer, pirâmide política".

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Permanência

Costa demonstrou estar confiante de que permanecerá à frente do ministério no segundo mandato de Lula. Questionado sobre o assunto, disse que tem se reunido "permanentemente com o presidente". "As últimas reuniões que tive com ele foram exatamente para tratar da proposta da comunicação para os próximos quatro anos. Estou entendendo que o presidente fará, pelo menos por enquanto, reformas pontuais, específicas de alguns ministérios". O ministro fez questão de salientar, porém, que se trata de uma decisão "única e exclusiva do presidente da República".