O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, contestou, em depoimento que presta à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Mensalão, a lista apresentada pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, com pagamentos feitos ao partido.
Costa Neto voltou a dizer que não recebeu R$ 10,8 milhões, como sustenta Valério, mas sim R$ 6 5 milhões. O presidente nacional do PL disse também que ficou surpreso ao receber um cheque da agência de publicidade SMP&B, em nome da empresa Guaranhuns, uma vez que o dinheiro deveria ir para a legenda.
Sobre a participação da Guaranhuns nessa negociação, Costa Neto disse que nunca tinha ouvido falar no nome da empresa. Ele destacou que o ex-secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT Delúbio Soares também não deveria ter conhecimento do pagamento via a Guaranhuns.
"O Delúbio também ficou surpreso", afirmou. Costa Neto afirmou que fez parte do conselho político da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reiterou que nunca viu uma "desorganização tão grande". "Eu vi que eles não iriam cobrir os compromissos com o PL nesse esquema."
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