As concessões de importantes rodovias federais para a iniciativa privada, como a Fernão Dias, que liga Belo Horizonte a São Paulo, e o Corredor do Mercosul, entre São Paulo e Florianópolis, deverão ser interrompidas em 2003. A proposta orçamentária do ano que vem, apresentada pelo governo ao Congresso no final de agosto, reduziu para zero os recursos pedidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para tocar essas licitações e fiscalizá-las.
Sem dinheiro para levar adiante a burocracia das novas concessões, uma fonte do setor adverte para o risco de as obras de duplicação também serem paralisadas, além de causar constrangimento para o futuro governo. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), responsável por cerca de R$ 1,4 bilhão de recursos externos investidos no Corredor do Mercosul desde 1997, exigia em contrapartida a transferência da administração das rodovias para empresas privadas. ?Ao interromper as concessões, o governo rompe o acordo com o BID?, disse a fonte.
