O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, afirmou que um dos critérios de análise para possíveis desonerações tributárias em estudo no pacote do governo é o grau de repasse para os preços finais dos produtos. "É preciso analisar os setores em que a desoneração mais se traduz em redução de preço e não se transforma em margem de lucro", disse o secretário. "O corte de imposto tem de chegar até o comprador do produto.
Ele explicou que a Receita Federal tem critérios para analisar quais setores tendem a repassar mais para os preços os cortes de tributos. Sem se referir a segmentos específicos, Rachid disse que um dos fatores que fazem a redução de impostos resultar em preços mais competitivos é o nível de concorrência entre as empresas – quanto mais acirrada a disputa no mercado, mais a redução da carga de impostos tende a ser repassada ao consumidor
Rachid afirmou que nos estudos sobre desoneração tributária o governo analisa qual medida trará maior retorno econômico em termos não só de crescimento econômico, mas também de geração de emprego e renda. "Temos de ver qual desoneração é melhor para a economia. Essa é a discussão. Estudamos qual setor produtivo que a redução de tributos é mais interessante em termos de geração de emprego e renda", disse o secretário. "Avaliamos qual o retorno que a medida trará", completou
Nesse sentido, o secretário repetiu o que já foi confirmado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e citou o segmento de bens de capital como um dos potenciais beneficiários de desonerações. "É um segmento que gera emprego e renda", disse. "Mas ainda não há nada certo, estamos na fase de estudos e não há nenhuma definição.