Cortar juros não basta para que economia cresça, afirma Meirelles

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o professor Kenneth S. Rogoff, da Universidade de Harvard, concordaram, nesta terça-feira, que não basta reduzir a taxa de juros do país para promover o crescimento da economia brasileira. O debate ocorreu durante o VI Seminário de Metas para a Inflação, que está sendo realizado no Banco Central, no centro da cidade.

Para Kenneth Rogoff, o Brasil precisa sinalizar ao mercado internacional que a redução da inflação não é apenas uma questão de cumprimento de meta, mas um compromisso do governo para o futuro. Ele defendeu uma austeridade fiscal, uma relação declinante da relação dívida sobre Produto Interno Bruto (PIB), a continuação das micro-reformas e o cumprimento dos acordos e contratos internacionais.

Kenneth Rogoff criticou o fato do Brasil ainda ter uma economia relativamente fechada e disse que uma das condições para que o país possa crescer é a abertura comercial. Meirelles concordou com a avaliação feita pelo professor da Universidade de Harvard, e disse que a palestra trouxe mensagens importantes para que o país entenda que não basta o Banco Central reduzir as taxas de juros para garantir o crescimento da economia.

"O mercado controla as taxas de juros, como controla os preços, e, portanto, não há solução mágica. Nós temos de persistir, trabalha, fazer o dever de casa", disse o presidente do BC. E concluiu, "que só assim o Brasil vai aumentar a sua taxa de crescimento média e baixar a taxa de juros real".

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