Depois de uma forte queda no mercado de automóveis para pessoas portadoras de deficiência física em 2003, este ano promete ser de recuperação. A queda nas vendas do ano passado ocorreu devido a um erro de redação na lei de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que travou todas as vendas de carros 0 quilômetro para portadores de deficiências.

Em virtude do equívoco, foi criada a Lei 10.754/03, no final do ano de 2003, que corrigiu o texto e ainda estendeu o benefício de isenção do IPI também para pessoas com deficiência mental, visual e autistas, que antes não tinham esse direito. O portador de deficiência física possuí privilégios ao comprar um carro. O atendimento nas concessionárias é exclusivo. Ao comprar um carro, o deficiente paga de 25% a 30% menos do que o preço de tabela.

Os carros ainda são montados exclusivamente para que cada pessoa possa se adaptar e dirigir normalmente. Os portadores de deficiência motora podem comprar o carro com embreagem computadorizada ou com o comando manual universal.

O gerente de Marketing da Volkswagen em Curitiba, Thomás Buckup, diz que os carros utilizados são os de fabricação nacional, como o Golf, a Parati e a Savero. “Esperamos vender até 500 carros este ano”, diz Thomás. Mercado é o que não falta. Segundo o IBGE, existem mais de 20 milhões de portadores de deficiência no Brasil, um nicho recém-descoberto pelas montadoras e que a cada dia ganha mais investimentos. O faturamento do setor de vendas de automóveis chega a mais de R$ 175 milhões por ano.

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