A produção de etanol em larga escala é a aposta do futuro imediato para as economias mais importantes do planeta. A prova vem do interesse do governo dos Estados Unidos, cuja rede de pesquisas tecnológicas recebe cada vez mais dinheiro para financiar programas de investigação de novos produtos, métodos de produção e matérias-primas.
Um dos projetos de pesquisa em desenvolvimento é a produção de etanol a partir da celulose, além da prospecção da tecnologia apropriada para o processamento anual de 1,17 bilhão de toneladas de biomassa.
Com vistas à plena resolução do desafio representado pelos combustíveis alternativos, o governo norte-americano se convenceu da necessidade de robustecer a política de concessão de subsídios a fim de incentivar a indústria de etanol e celulose.
A meta fixada para 2017 é adicionar 20% de biocombustíveis à gasolina consumida no país, estimando-se que àquela altura o governo gaste entre US$ 24 bilhões e US$ 28 bilhões por ano, para auxiliar os produtores. A segurança energética de interesse político e estratégico dos Estados Unidos exigirá o triplo dos US$ 8,4 bilhões gastos atualmente pelo governo para estimular a produção de etanol derivado de milho.
O subsídio é uma prática perversa na avaliação de Mark Smith, diretor da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, instituição que reúne cerca de três milhões de empresas norte-americanas. Todavia, admitiu não conhecer meio mais eficaz de resolver questões fundamentais como o equilíbrio da oferta de combustíveis. Tio Sam não brinca em serviço.