A Corregedoria da Polícia Civil do Paraná conseguiu na Justiça, nesta terça-feira (06), a prisão preventiva 23 pessoas, entre elas 19 policiais civis, dois agentes administrativos da Polícia Civil e um homem e uma mulher sem ligação com a instituição. A prisão foi decretada pelo juiz da Vara de Inquéritos Policiais, Pedro Corat. Todos são acusados de envolvimento no esquema de exploração sexual infantil e corrupção, desbaratado com a Operação Navalha na Carne, realizada há três semanas. Até a tarde desta terça-feira (06), a Corregedoria já havia cumprido 20 mandados de prisão. Por enquanto, um delegado e dois investigadores estão foragidos
?Esta é a resposta aos que questionaram o trabalho da Corregedoria na investigação. A polícia trabalhou com competência e conseguiu, na Justiça, o deferimento do pedido de preventiva, por conta da consistência das investigações?, disse o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari.
Na operação realizada no dia 19 de maio, 14 pessoas já haviam sido detidas, porém, com prisão temporária, enquanto eram investigadas suas participações no crime. Durante o processo, dois investigadores da Polícia Civil foram liberados por falta de provas de envolvimento direto no esquema. Na semana passada, a decisão do juiz de plantão Sérgio Luiz Patitucci colocou em liberdade dois delegados e um investigador. Com a nova decisão da Justiça, um dos delegados e o investigador voltaram a ser presos pela Corregedoria e o outro policial está foragido.
Novos ? Segundo a delegada-chefe da Corregedoria da Polícia Civil do Paraná, Charis Negrão Tonhozi, depois da prisão de 14 policiais e agentes administrativos, outros nove – entre eles um delegado – foram incluídos nas acusações. Todos estavam lotados nos 4º, 7º e 12º Distritos. Segundo a Corregedoria, os dois investigadores liberados não tiveram mandado de prisão preventiva decretado e, por enquanto, responderão ao inquérito em liberdade.
Além dos policiais, a mulher que confessou ser a agenciadora das meninas e seu assistente também tiveram prisão preventiva decretada e continuam na cadeia. Junto com as prisões preventivas, o juiz da Vara de Inquéritos Policiais, Pedro Corat, ampliou o segredo de Justiça para os autos do inquérito. ?Isto significa que, por ordem judicial, não podemos dar mais nenhum detalhe sobre o caso sob pena de sermos responsabilizados judicialmente?, disse a corregedora.