Corregedoria da Polícia Civil prende delegado de Campina Grande do Sul

A Corregedoria da Polícia Civil do Paraná prendeu o delegado Vinicius José Borges, que comandava a delegacia de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba. Ele é acusado de prender um traficante procurado pela Justiça e cobrar R$ 50 mil da família do preso para colocá-lo ilegalmente em liberdade.

O delegado também é acusado de permitir que um policial civil expulso da instituição, no ano passado, trabalhasse como superintendente na delegacia. Outras duas pessoas também trabalhavam no local exercendo função de policiais com a conivência do delegado, segundo acusa a Corregedoria.

?Este trabalho mostra mais uma vez que a própria polícia quer tirar dos seus quadros os criminosos que se travestem de policiais. Prometemos uma limpeza e a estamos fazendo?, disse o secretário da Segurança Pública do Paraná, Luiz Fernando Delazari.

O escrivão da delegacia, Ney Prosdócimo, está foragido e é procurado pela Corregedoria. Ele é acusado de participar da tentativa de extorsão da família de um traficante preso. ?Temos a denúncia de que o escrivão e outros policiais prenderam o traficante e não comunicaram a nenhuma autoridade. Segundo as investigações, o delegado teria sido conivente e ainda teria participado da tentativa de extorsão da família cobrando R$ 50 mil para colocar o preso em liberdade?, explicou a delegada-chefe da Corregedoria da Polícia Civil, Charis Negrão Tonhozi.

Além de Vinícius Borges, foram presos, na segunda-feira (05), Antônio Ferreira Padilha e o ex-policial civil Sérgio Luiz de Oliveira que trabalhavam ilegalmente na delegacia. O ex-policial exercia a função de superintendente, mesmo depois de ter sido expulso da instituição. ?Ele foi demitido, porque descobrimos que ele tinha um comércio em seu nome o que é proibido dentro da Polícia Civil?, disse a delegada. O outro preso, Antônio Ferreira Padilha, apesar de não ser policial trabalhava em investigações e batidas policiais.

O investigador Arxibani Moncorvo, apesar de não ter sido preso, será indiciado pela Corregedoria. Ele é acusado de pagar para o policial militar da reserva Marcos Antônio Castelan trabalhar durante o seu plantão. Os dois vão responder a inquérito por usurpação da função qualificada.

O delegado preso responderá por concussão (espécie de extorsão cometida por funcionário público) e por usurpação da função qualificada já que teria sido conivente com o trabalho ilegal de não policiais na delegacia. O escrivão que está foragido responderá por concussão. Antônio Ferreira Padilha e o ex-policial civil responderão por usurpação da função qualificada. O Conselho da Polícia Civil instaurou um processo administrativo contra o delegado, o escrivão foragido e o investigador. Dependendo das investigações, eles poderão ser demitidos da instituição.

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