A Corregedoria Geral da Câmara dos Deputados quer ouvir a defesa dos 16 deputados citados no relatório conjunto das comissões parlamentares mistas de inquérito dos Correios e da Compra de Votos até a próxima quinta-feira.
A Corregedoria decidiu ouvir os parlamentares após o Supremo Tribunal Federal (STF) conceder liminar impedindo o envio dos processos ao Conselho de Ética, sem que antes eles falassem ao parlamento. Os parlamentares têm um prazo de 5 sessões, a partir da notificação, para apresentar a defesa, que também poderá ser feita por escrito.
O primeiro a ser ouvido essa manhã foi o deputado Pedro Henry (PP-MT). O ex-deputado Roberto Jefferson afirmou que Henry recebia o "mensalão" e teria pressionado o PTB a receber o dinheiro. Henry voltou a negar as acusações e pediu o arquivamento do processo contra ele.
Segundo Henry, após três meses de investigação não foram apresentadas provas que comprovassem as acusações de Jefferson. Ele acrescentou que seu nome não apareceu na lista dos sacadores das contas do empresário Marcos Valério de Souza ou até mesmo na agenda da secretária Fernanda Karina Somagio.
"A única coisa que tem contra mim, é a palavra do Roberto Jefferson", disse. "Se a palavra de um deputado for suficiente para instaurar um processo no Conselho de Ética, a Câmara vai virar um samba do crioulo doido".