Lançando uma perspectiva sombria para domingo à noite, quando se prevê a divulgação dos resultados preliminares do segundo turno da eleição presidencial equatoriana, o candidato nacionalista Rafael Correa encerrou ontem sua campanha eleitoral em Quito insistindo na tese de que só uma fraude eleitoral poderá lhe tirar a vitória. A última pesquisa, divulgada no exterior pelo instituto Cedatos-Gallup, dava a ele 52% dos votos válidos, 4 pontos porcentuais a mais que seu rival, o magnata da banana Álvaro Noboa. Segundo a sondagem, que não pode ser publicada no Equador, há 17% de indecisos. É a primeira sondagem que mostra Correa – que chegou a estar 15 pontos atrás de seu adversário – na liderança.

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"Temos de estar vigilantes, não permitiremos que a vontade do povo do Equador seja mais uma vez desrespeitada pelos oligarcas" discursou Correa – candidato apoiado pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez -, alertando para uma fraude que ele considera iminente. Após um encontro com jornalistas estrangeiros, o nacionalista afirmou que os assessores de Noboa haviam trazido do exterior milhares de canetas cuja tinta se apagaria duas horas depois de aplicada na cédula eleitoral.

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