Correa assina decreto para plebiscito sobre Constituinte

O novo presidente do Equador, o economista de esquerda Rafael Correa, de 43 anos, em sua primeira medida, firmou ontem (15) um decreto no qual convocou um plebiscito para decidir sobre uma Assembléia Nacional Constituinte. No discurso de posse no Congresso, ele defendeu ?reformas profundas? no país, prometeu renegociar a dívida externa e fez críticas aos ?populistas do capital?, como definiu os defensores das privatizações e da abertura de mercado.

?Esta é a primeira batalha da longa guerra para retomar nosso país?, declarou Correa após assinar o decreto, reiterando que ?a longa noite do neoliberalismo está no fim no Equador e na América Latina?. Na véspera, numa posse simbólica no povoado indígena de Zumbahua, ele defendeu a necessidade de nova Carta para que o país se una a uma ?América Latina altiva, digna, soberana, justa e socialista do século 21?, usando a nova definição para o socialismo cunhada por seu amigo, o presidente venezuelano, Hugo Chávez.

A nova esquerda da América Latina esteve bem representada na posse. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou as férias no Guarujá para marcar posição numa festa em que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tentou ser o centro das atenções. Também participaram os presidentes da Nicarágua, Daniel Ortega; do Paraguai, Nicanor Duarte; da Bolívia, Evo Morales; do Chile, Michelle Bachelet; da Colômbia, Álvaro Uribe; do Peru, Alan García; e até do Irã, Mahmud Ahmadinejad.

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