Os corpos dos franceses Délphine Duyére e Christian Doupes, encontrados mortos na segunda-feira na sede de uma organização não-governamental (ONG) em que trabalhavam na zona sul do Rio, serão cremados no Rio de Janeiro. A mãe e o padrasto de Délphine e os pais de Doupes devem chegar amanhã ao Rio para tomar as providências. Já o corpo da terceira vítima do mesmo crime, Jérôme Faure, ex-marido de Délphine, será embalsamado e trasladado para a França.
A decisão de realizar a cremação do casal no Brasil foi tomada pelas famílias das vítimas. "Tem sido muito difícil. Preciso tomar todas as providências administrativas, e ainda lidar com a dor. Perdi a minha família", disse a presidente da ONG Terr’Ativa, Ana Carolina Naves de Castro Rocha.
Os três presos pela morte dos franceses – o coordenador de projeto da Terr’Ativa Társio Ramires, de 25 anos, José Michel Gonçalves Cardoso, de 27 e Luiz Gonzaga de Oliveira, de 25 – foram transferidos da 12.ª Delegacia de Polícia (Copacabana) para a carceragem da Polinter.
Eles foram indiciados por triplo homicídio qualificado, com os agravantes de terem feito uma emboscada, utilizado meio cruel, terem atuado com promessa de recompensa (Oliveira e Cardosos esperavam receber R$ 2 mil pela ação), e para assegurar a vantagem de outros crimes (Ramires confessou ter dado desfalque de R$ 80 mil).