O Corpo de Bombeiros fez nesta quinta-feira (21), em Curitiba, uma simulação de atendimento a acidentes e conseguiu reduzir em dois minutos o tempo de salvamento das vítimas. “Estamos dentro do padrão internacional, próximo a cinco minutos, para atendimento de emergências. Neste tempo, podemos acabar com princípios de incêndio gerados pela colisão e evitar seqüelas nas vítimas com ferimentos graves”, disse o tenente-coronel João Carlos Pinkner.
O suposto acidente, envolvendo um ônibus, um caminhão e um carro de passeio, ocorreu na entrada do Parque Iguaçu. Com distâncias e situações de trânsito semelhantes ao real, o socorro mais próximo chegou em cinco minutos e 40 segundos. A simulação anterior ultrapassou sete minutos.
O acidente simulado teve 29 vítimas: dois óbitos, cinco feridos em estado grave com risco de morte, sete sem risco de morte e 15 com ferimentos leves. O socorro simulado, que tem como objetivo avaliar também a integração com órgãos de apoio, envolveu nove viaturas, 24 bombeiros, seis agentes da Diretran e seis da Guarda Municipal, além do helicóptero do Centro de Operações Aéreas.
Teatro ? Ás 10h41 foi acionado o socorro. Cinco minutos e 40 segundos depois a primeira ambulância e viatura de incêndio e salvamento do Quartel de Bombeiros do Boqueirão prestaram atendimento e isolaram a área. Após 10 minutos, chegaram simultaneamente quatro viaturas, do Quartel Central, do Portão e do Regimento Coronel Dulcídio. Após 5 minutos de ser acionado, o helicóptero pousava na entrada do parque para a remoção da vítima com maior risco de morte.
O treinamento envolveu ainda estratégias de comando para evitar o conflito de ações entre órgãos diferentes. Para tanto, o Corpo de Bombeiros dispõe de viatura equipada com sistema de alto-falantes, que emite instruções do oficial de área. “O isolamento da área, e a retirada das vítimas com ferimentos leves são necessários para correto atendimento daqueles que estão em situação mais grave”, explicou o capitão Mauro Marques.
As simulações de acidentes ocorrem a cada três meses. “O princípio é avaliar desde o praça até o capitão, além de estabelecer a integração com outros órgãos”, explicou o coronel Pinkner. A busca pelo realismo fez com que muitos motoristas parassem próximo ao acidente e o Diretran, como em uma situação real, teve que organizar o tráfego. “É tão próximo da realidade que chega a assustar os moradores vizinhos. Fora o comando, nem o pessoal do socorro sabe que se trata de uma encenação, até chegar no local”, disse Pinkner.
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