Pressionado pelo Lyon na Fifa, o Corinthians adia mais uma vez sua visita à entidade máxima do futebol e propõe ao clube francês devolver o atacante Nilmar até janeiro de 2007 para solucionar a crise. O Lyon acusa o Corinthians de não ter pago pelo empréstimo. Quem deveria pagar, porém, seria a MSI, que preferiu adiar os depósitos diante da lesão sofrida pelo jogador em julho.

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O Lyon havia emprestado Nilmar ao Corinthians por 2 milhões. Para que ficasse com ele precisaria dar mais 8 milhões. Ainda na presidência da MSI, o iraniano Kia Joorabchian propôs um depósito de 3 milhões em agosto e do restante em janeiro de 2007.

O Lyon não aceitou e sugeriu que o grupo de investidores fizesse um seguro bancário do valor que teria de ser pago em janeiro. Foi a vez então da MSI rejeitar o acordo. O clube francês então levou o caso à Fifa, que confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo nesta semana ter aberto um processo contra o Corinthians.

A nova proposta do time paulista é que o Lyon aceite os 3 milhões agora e que o jogador, contundido, retorne ao clube francês até janeiro, quando o restante do dinheiro seria pago. A partir de 2007, portanto, Nilmar poderia voltar a São Paulo.

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Os porta-vozes do Lyon insinuaram que a proposta não será aceita e que o processo seguirá na Fifa até o clube receber o dinheiro. ‘A partir do momento em que o Corinthians assinou um contrato, é ele o responsável por fazer o pagamento’, afirmou um assessor do pentacampeão francês.

Já o presidente do Corinthians, Alberto Dualib, tinha uma reunião marcada na Fifa para hoje. Mas preferiu não aparecer por enquanto na entidade até que a confusão causada pela MSI seja resolvida. Dualib, que está em Londres há mais de duas semanas negociando com investidores do fundo, iria hoje para Zurique para um encontro com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, um duro crítico da falta de transparência na parceria no Parque São Jorge.

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O objetivo seria o de esclarecer a parceria com a MSI. Mas diante de mais um problema, a opção foi a de adiar a visita. Hoje, em Zurique, a Fifa avaliará em seu Comitê Executivo medidas sobre o financiamento de clubes e o comportamento dos agentes de jogadores.

A imprensa britânica também quis saber de Joorabchian quem o apóia nessas transações e o que ouviu é novidade no Brasil: ‘Um empresário israelense.