Oitavo colocado restando apenas quatro rodadas para a fase final do Paulista, os jogadores do Corinthians desprezam a matemática e evocam a mística de sua camisa como solução para a difícil classificação às semifinais do torneio. O apelo veio às vésperas do clássico decisivo com o Santos, amanhã, na Vila.
Para o zagueiro Betão, embora o momento da equipe não seja bom, o time tem de pôr a ?cabeça no lugar? e ir para cima do Santos como se fosse uma final de campeonato. ?É a decisão para nós. Se perdemos, acabou a esperança?, afirma o capitão corintiano.
Após o empate sem gol contra o Barueri, que dificultou ainda mais as chances de obter uma das vagas, Betão fala em desequilíbrio emocional do elenco para justificar os resultados ruins.
?Acho que é o lado emocional. Ninguém perde a qualidade em dois meses. Compare nosso elenco com os de outros times: temos o Amoroso, o Magrão, ambos de Seleção.
Quando questionado sobre as chances reais de classificação do time (7%, segundo o site Infobola), o zagueiro diz que não está preocupado com números. ?Eu não me prendo à matemática. Sei que está difícil, mas é ganhar do Santos e torcer para tropeços de outras equipes.? E Betão avisa os santistas: ?Não será zebra se ganharmos na Vila.
Outro jogador que menciona a ansiedade do time é o meia Willian. ?Precisamos de mais tranqüilidade na hora das finalizações. Não falo só por mim, mas para o time como um todo?, disse o jovem armador, escalado para o clássico de amanhã.
Willian, que também ?não pensa em contas?, adota o discurso da motivação extra para pegar o Santos. ?Temos de entrar com vontade, com determinação, como a nossa torcida quer?, disse o meia. ?Agora, é tudo ou nada. Vencer ou morrer?, completa.