O Corinthians voltou ontem de Campina Grande (PB) pronto para brigar por uma vaga às semifinais do Paulistão. A vitória (2 a 0) contra o Treze, quarta-feira, pela Copa do Brasil, fortaleceu o time que agora terá tempo de sobra para se dedicar ao Estadual. Domingo já terá uma decisão: enfrenta o Noroeste (quarto colocado, 24 pontos) no Pacaembu. O Corinthians tem 20, em sétimo.
Não falta confiança ao técnico Emerson Leão e aos jogadores. Ao eliminar o jogo de volta com o Treze o Corinthians só voltará à Copa do Brasil daqui um mês, dia 18 de abril. Como a fase de classificação do Paulistão terminará dia 11, o time poderá se concentrar exclusivamente nos seis jogos em que decidirá sua sorte no Estadual.
‘Vamos fazer uma decisão com o Noroeste. Um triunfo já nos coloca na briga’, diz o volante Magrão. Ele cobra um pouco mais de respeito dos rivais Santos e São Paulo, que só falam da decisão do Paulista entre eles. ‘Claro que são os dois melhores times do momento, mas Corinthians é Corinthians e não pode ser menosprezado. Tubo bem, deixa a gente quietinho, comendo pelas beiradas.
Beijar o símbolo e bater no braço demonstrando garra foi mais do que uma simples comemoração de gol de Magrão diante do Treze-PB. Ele assumiu de vez o amor pelo Corinthians.
‘Esses dez meses em que estou aqui estão sendo um presente na carreira. Defender o Corinthians é diferente e agora sou o orgulho da família’, afirmou o volante, filho de corintianos fanáticos. ‘Com todo respeito ao Palmeiras (seu ex-time), agora vivo algo muito especial, que foge do lado profissional.
Magrão se identificou bastante com a principal música da torcida. O refrão ‘Corinthians minha vida, Corinthians minha história, Corinthians meu amor’, parece estar sendo direcionado a ele.
Pelo menos em sua imaginação. ‘Sempre falei que quando um volante faz gols, ele tem de extravasar, é coisa rara. E eu tinha uma coisa entalada na garganta pelas vaias que recebi no Morumbi (dos palmeirenses, no clássico). Ajudei a tirar o Palmeiras da Segunda Divisão e eles não me respeitaram.
A cada gol – já foram seis, três deles na Copa do Brasil – Magrão vai garantindo a alegria dos pais. Seu Juscelino e dona Maria Aparecida fazem questão de, após os jogos, ligar para o filho para dar os parabéns.
