Copom baixa projeção de inflação de preços administrados no ano

O BC reavaliou na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), publicada hoje,
os aumentos de telefonia fixa e de energia elétrica residencial, reduzindo as
projeções anteriores. O reajuste acumulado para telefonia, antes previsto em
8,6%, caiu para 6,5%, e os aumentos nas contas de luz, imaginados inicialmente
em 10,8%, foram revistos para 8,2%.

No geral, a projeção do BC para o
reajuste acumulado dos preços administrados no ano caiu de 7,3%, em junho, para
7%. Igual à estimativa do boletim Focus, distribuído pelo BC na última
segunda-feira, com expectativas dos analistas de mercado sobre tendências dos
principais indicadores da economia.

A exemplo da puxada geral de preços
agrícolas e industriais para baixo, tanto no varejo quanto no atacado, os preços
administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica,
telefonia, água, saúde, educação e transporte público, dentre outros) terão
reajustes menores do que os inicialmente previstos.

Numa avaliação das
tendências de inflação em 2006, o BC reafirma que devem ficar em 5,7% os
reajustes acumulados dos preços administrados ? que têm peso médio de quase 30%
na composição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Acima,
portanto, da projeção de 5,50% do último boletim Focus para o próximo
ano.

O colegiado do BC acredita que mantida a atual taxa de juros, de
19,75% ao ano, e com a cotação do dólar no patamar de R$ 2,35, na véspera da
reunião, as projeções do IPCA para o ano estão acima do objetivo de 5,1% para
2005, e abaixo do centro da meta de 4,5% para 2006. Menores, portanto, que os
5,55% para este ano e 5% para o ano que vem, apontados pela pesquisa semanal do
BC.

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