A Copel começa a investir, a partir de novembro, cerca de R$ 12,5 milhões na construção de quatro novas linhas de transmissão, que vão totalizar 120 quilômetros de extensão e ampliar a disponibilidade de energia elétrica a diversos municípios paranaenses, além de aumentar a confiabilidade do sistema. Decreto assinado pelo governador em exercício Hermas Brandão já declarou como de utilidade pública as áreas necessárias à passagem das linhas, autorizando a Copel a promover sua desapropriação.
As linhas vão beneficiar diretamente as cidades de Piraquara e Quatro Barras, situadas na Região Metropolitana de Curitiba, Jaguariaíva e Arapoti, no Norte Pioneiro, Ponta Grossa e Cascavel ? além das localidades próximas. Essas comunidades passarão a contar com expressivo reforço no suprimento de energia, melhorando as condições de atendimento aos consumidores já existentes, permitindo a ligação de novas cargas e elevando a confiabilidade operacional do sistema, o que significa menos riscos de desligamentos e mais estabilidade nos níveis de tensão.
O primeiro dos empreendimentos a serem executados ? e o que demandará os maiores investimentos ? será uma linha com 11,4 quilômetros de extensão conectando as subestações de Piraquara e Quatro Barras, na tensão de 69 mil volts. As obras estão orçadas em R$ 4,7 milhões e começam já em novembro, com previsão de término em março de 2007.
As outras linhas serão construídas no decorrer do próximo ano, começando pela que irá ligar, em 230 mil volts, as subestações de Salto Osório e Cascavel, na Região Oeste, com 80,2 quilômetros de extensão: a obra começa em março e fica pronta em julho, com investimento total de R$ 1,2 milhão. Entre agosto e dezembro de 2007, a Copel programou construir a linha que conectará a subestação já existente de Uvaranas, em Ponta Grossa, ao circuito também já existente em 138 mil volts que une as subestações Ponta Grossa Norte e Belém. A nova linha terá 5,7 quilômetros de extensão e custará R$ 3,2 milhões. No mesmo mês de agosto começam as obras da linha em 138 mil volts entre as subestações Jaguariaíva e Arapoti, no Norte Pioneiro, com 22 quilômetros de extensão e orçamento de R$ 3,5 milhões, cuja construção deve estar concluída em janeiro de 2008.
Essencial
Reforçar e expandir a capacidade de transporte de energia no seu sistema elétrico é uma das principais preocupações da Copel, que tem destinado significativas parcelas de seus investimentos para novas obras nessa área. ?A transmissão é parte essencial na missão de atender adequadamente aos consumidores paranaenses?, explica Raul Munhoz Neto, diretor de geração e transmissão de energia da estatal. ?São as linhas e subestações de grande porte que fazem a conexão entre as unidades de produção ? usinas geradoras ? e os centros de consumo, abastecendo-os em larga escala para alimentação das redes de distribuição, onde o sistema se capilariza até chegar ao consumidor final.?
Como o consumo cresce constantemente, os investimentos na expansão da capacidade de transporte de energia também precisam ser permanentes. ?Essa é a única maneira de evitar o surgimento de gargalos no suprimento, que podem prejudicar ou mesmo impedir o desenvolvimento de cidades ou regiões inteiras?, argumenta Munhoz. O diretor lembra que em anos passados, durante a preparação da Copel para a malograda tentativa de privatização, quase nada foi investido para ampliar, modernizar e reforçar o sistema de transmissão. ?Como resultado, o crescimento da demanda levou nossas instalações a operarem em níveis perigosamente próximos do limite, com pontos de saturação que reclamavam solução urgente.?
Por essa razão, nos últimos anos, a Copel tem destinado significativos investimentos para a área de transmissão de energia, permitindo a recuperação dos níveis de qualidade e de confiabilidade no suprimento, adequando a disponibilidade à demanda do mercado consumidor. ?Entre 2003 e 2005, considerando subestações e linhas de transmissão, os investimentos no nosso sistema foram de R$ 308,4 milhões e temos previsão de encerrar 2006 com investimentos de R$ 176,8 milhões?, informa o diretor da Copel.