Copel vai captar R$ 400 milhões em debêntures

A Copel deu início nesta terça-feira (15) ao processo de registro na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) de uma operação destinada a captar no mercado R$ 400 milhões, por meio de emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, com prazo total de 4 anos e cláusula de recompra ao final de 2 anos. A expectativa da Companhia é poder concluir a operação no prazo de três a quatro semanas.

A emissão será coordenada pelo Banco do Brasil e terá a participação dos bancos HSBC, Bradesco, Santander, Unibanco e Itaú. Cada um se propõe a adquirir, com garantia firme, R$ 60 milhões em debêntures, ficando os restantes R$ 40 milhões para serem ofertados ao mercado.

Com essa operação, o objetivo da Copel é liquidar uma emissão de eurobônus no valor de US$ 150 milhões que vence no dia 2 de maio. "A estratégia é reduzir a exposição da empresa às variações do câmbio e aproveitar o bom momento do mercado financeiro para papéis como debêntures", avalia o presidente da estatal, Rubens Ghilardi. "Também estamos promovendo uma melhoria do perfil da dívida, especialmente a de curto prazo, alongando seu vencimento".

Autorização

A dívida total da Copel em 30 de setembro do ano passado, data do seu último balancete, era de R$ 1,8 bilhão, sendo R$ 670 milhões de curto prazo. A última reunião do Conselho de Administração da Copel, realizada em 11 de março, autorizou a Companhia a estruturar um programa de debêntures de até R$ 1 bilhão, mas ainda não há planos para novas emissões. "Iremos reservar esse crédito, que já foi autorizado, para utiliza-lo quando houver necessidade ou for financeiramente vantajoso para a empresa", informa Rubens Ghilardi.

Recentemente, em fevereiro, a Copel conseguiu repactuar em condições mais vantajosas um vencimento de R$ 100 milhões em debêntures emitidas em 2002. Naquela época, a Companhia fez uma emissão no importe total de R$ 500 milhões com três séries: um lote de R$ 100 milhões venceu em 2004 e foi integralmente resgatado pela empresa, com recursos de caixa. O segundo lote, em fevereiro de 2005, foi renegociado com taxas menores e teve o vencimento alongado para 2007, junto com os demais R$ 300 milhões daquela operação. 

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