Copel registra lucro líquido recorde de R$ 1,243 bilhão

Ao apresentar os números do balanço, Ghilardi ressaltou a trajetória crescente de lucros da Copel a partir de 2003, destacando o significado para a população que a sua conservação como estatal representa em termos de retorno de benefícios. ?O governador Roberto Requião encontrou a Copel em frangalhos, sofrendo com um prejuízo ? o maior da sua história ? de R$ 320 milhões?, lembrou. ?Desde então, à custa de muito esforço e dedicação, os resultados têm melhorado a cada ano e a Copel voltou a ser uma empresa viável, cada vez mais forte e cada vez melhor?, disse.

Ghilardi explicou que nos números de 2006, está computado o impacto das reversões de provisionamentos feitos em exercícios anteriores e que não irão se repetir. ?Mesmo que fossem expurgados os efeitos das reversões, ainda assim o lucro líquido, de pouco menos de R$ 700 milhões, seria um novo recorde na história da Copel, quase 40% maior que o lucro de 2005, crescimento que nenhuma outra empresa elétrica do mesmo porte conseguiu obter, e com as menores tarifas elétricas do país.?

As reversões mencionadas pelo presidente têm origem em valores que a Copel vinha contabilizando para pagar as faturas do gás natural destinado à Usina Termelétrica de Araucária (R$ 416,4 milhões) e para o pagamento de Cofins incidente sobre operações com energia elétrica (R$ 197,6 milhões). A questão da conta do gás foi negociada e solucionada num acordo com a Petrobras, e a da Cofins ? que era objeto de discussão judicial proposta pela Copel, que entendia não ser devido o imposto ? resolvida com o pronunciamento do Superior Tribunal de Justiça, que em sentença manifestou-se favoravelmente à empresa.

Receitas ? Além de reverter os provisionamentos, influíram positivamente no balanço da Copel o crescimento de 30% nas receitas da subsidiária de geração ? que negocia a eletricidade produzida nos leilões da Aneel e no mercado livre ? e o acréscimo de 4% no faturamento da subsidiária de distribuição ? que atende aos chamados consumidores cativos.

Paralelamente, houve redução de 4,3% nos custos operacionais, refletindo as condições favoráveis do câmbio sobre as despesas indexadas ao dólar, casos da energia comprada de Itaipu e das despesas financeiras das dívidas em moeda estrangeira.

A receita operacional líquida da Copel no ano passado totalizou R$ 5,38 bilhões, com acréscimo de 11% sobre o montante de 2005. A capacidade de geração de caixa, que é traduzida no Lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu a cifra de R$ 1,97 bilhão e ficou 62% acima do valor desse mesmo indicador no balanço do ano anterior.

Estrutura ? A Copel chegou ao final de 2006 com 8.119 empregados e atendendo diretamente a 3.345.331 unidades consumidoras. Seu parque de geração conta com 18 usinas (17 hidrelétricas e uma térmica a carvão) com 4.550 megawatts de potência instalada, além de mais 600 megawatts que se agregam às disponibilidades como resultado da participação da empresa em outras seis usinas. O sistema de transmissão conta com 7.210 quilômetros de linhas e 129 subestações, todas automatizadas e comandadas à distância. Já o sistema de distribuição é formado por 165.757 quilômetros de linhas e redes (o suficiente para dar quatro voltas em redor da Terra) e 237 subestações, alcançando mais de 1,1 mil localidades em 393 dos 399 municípios paranaenses. O sistema de fibras ópticas para transmissão de dados em alta velocidade soma 4.704 quilômetros de extensão no anel principal e mais 4.542 quilômetros na rede de radiais para atendimento aos usuários.

O programa de investimentos da Companhia para 2007 chega perto de R$ 700 milhões e direcionará a maior parte dos recursos para obras de ampliação, reforço e modernização do sistema de distribuição (R$ 407 milhões). A área de transmissão deverá receber R$ 180 milhões e a de geração, R$ 72 milhões. Neste total já estão incluídos R$ 40 milhões que a Copel deverá aplicar na construção da Usina Hidrelétrica Mauá, no rio Tibagi, que terá as obras iniciadas proximamente: o empreendimento, em parceria com a Eletrosul, vai ter 362 megawatts de potência e entra em operação em janeiro de 2011.

Crescimento ? Em 2003, a Copel registrou lucro líquido de R$ 171,1 milhões, que subiu para R$ 374,1 milhões, em 2004, e para R$ 502,4 milhões em 2005. ?Permanecendo estatal, a Copel conserva seu lucro no Paraná e o reinveste no próprio Estado, em benefício dos paranaenses, expandindo o seu sistema elétrico, melhorando e ampliando os serviços prestados e, ainda, executando programas de alcance social que melhoram a qualidade de vida da população, promovendo a inclusão social.?

Entre os grandes feitos que permitiram à Copel atingir tais resultados, Rubens Ghilardi citou a renegociação dos contratos de compra de energia contrários ao interesse público assinados antes de 2003 (os da Cien, Usina Térmica de Araucária e Usina de Itiquira), a revisão de uma série de parcerias onde a estatal figurava minoritariamente (entre elas, a Elejor e a UEG Araucária) e a reunificação da empresa, suprimindo atividades realizadas em duplicidade dentro da Companhia.

?Também revisamos mecanismos de controle e de gestão que nos permitiram racionalizar gastos, reduzir despesas e aumentar a eficiência, fazendo e produzindo mais com menos recursos?, sublinhou o presidente. ?Com o apoio e comprometimento de todos os empregados, estamos demonstrando que mesmo sendo estatal, a Copel pode se manter competitiva, lucrativa e socialmente responsável?.

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