Copel mobiliza 200 equipes para reparar danos de temporal em Curitiba

Apenas em Curitiba, são 200 equipes da Copel com quase 350 técnicos em atividade, além das equipes adicionais das empreiteiras que prestam serviços à concessionária e que foram requisitadas para auxiliar nos trabalhos. ?Até que a última ocorrência esteja normalizada, não iremos parar?, garantiu Ronald Ravedutti, diretor de distribuição da empresa.

Especificamente em Curitiba, 205 mil domicílios ou um terço do total de ligações elétricas existentes na cidade, distribuídos por 54 bairros, passaram algum tempo desligados, mas, para 2 mil deles, a Copel não havia conseguido restabelecer os serviços até meados da tarde de segunda-feira, em razão da dimensão dos estragos e avarias.

Na região de Ponta Grossa, os ventos provocaram a queda de seis torres da linha de 230 mil volts, que liga as subestações de Figueira e Ponta Grossa Norte. Não houve falta de energia por conta da ocorrência, já que a demanda da cidade de Ponta Grossa foi assumida por outros circuitos. A previsão da Copel é de que em 15 dias a linha possa ser reativada.

Danos

Das quase 1.800 ocorrências comunicadas à Copel em Curitiba por causa do temporal, 90 aguardavam normalização durante a manhã desta segunda-feira (20), com perspectivas de plena restabelecimento até o início da noite. ?Foram ocorrências muito severas que danificaram bastante a rede elétrica?, informou Ronald Ravedutti, diretor de distribuição da empresa. ?Em alguns pontos, trechos inteiros precisaram ser primeiro desobstruídos, com o corte e remoção de árvores caídas, para depois poderem ser reconstruídos.? Cerca de 9 mil unidades consumidoras ainda esperavam pela volta da eletricidade ao início da tarde.

Ele solicitou à população compreensão e paciência nessas situações de desligamentos provocados por temporal, já que as ocorrências são muito abrangentes e, muitas vezes, de difícil recuperação. ?Existem mais de 300 mil árvores em Curitiba, nas ruas ou em propriedades particulares, e muitas já não conseguem resistir a vendavais por serem muito antigas ou por alguma doença?, argumenta Ronald Ravedutti. ?E com tantos casos de desligamentos simultâneos, o atendimento telefônico fica sobrecarregado, impedindo o acesso do consumidor à nossa emergência.?

Capital e região 

Praticamente toda a capital sofreu com os efeitos do vento forte, cuja velocidade chegou a passar de 60 quilômetros por hora, segundo avaliação do Simepar. A Copel registrou panes e desligamentos em 54 bairros, afetando por períodos variáveis 205 mil domicílios.

Os maiores estragos foram registrados nas regiões norte e oeste da cidade, onde muitas árvores caíram sobre as redes elétricas destruindo postes e arrebentando a fiação, como nos bairros Bacacheri, Boa Vista, Guabirotuba, Juvevê, Alto da Glória, Bigorrilho, Jardim Social, Vista Alegre, Cascatinha, Bom Retiro e Santa Felicidade. A Copel não levantou o número exato de postes substituídos mas, segundo a coordenação da área de atendimento a emergências, ?são dezenas?.

Ao sul de Curitiba, na Região Metropolitana, o vendaval prejudicou o atendimento a 80 mil unidades consumidoras dos municípios de São José dos Pinhais, Araucária, Agudos do Sul, Fazenda Rio Grande e Tijucas do Sul. Ao norte, 60 mil consumidores ficaram algum tempo sem energia em Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Colombo, Pinhais, Piraquara, Quatro Barras e Rio Branco do Sul. No litoral, 20 mil consumidores de Antonina, Matinhos, Paranaguá e Morretes também tiveram problemas.

Em todas as localidades, os danos foram bem menores que os registrados em Curitiba e os serviços haviam sido restabelecidos ainda no domingo (19).

Interior

Aproximadamente 360 mil domicílios nas cidades do interior paranaense passaram por momentos de falta de eletricidade em virtude dos vendavais e descargas atmosféricas, mas as ocorrências não tiveram o mesmo grau de severidade daquelas verificadas em Curitiba. Nos municípios da região de Ponta Grossa, perto de 100 mil unidades consumidoras ficaram por cerca de uma hora desligadas, mas na zona rural o estrago foi maior: devido à queda de árvores, mais de 30 postes precisavam ser substituídos e a normalização iria demorar mais tempo.

No Oeste e Sudoeste, os desligamentos prejudicaram outros 100 mil consumidores, mas o retorno à normalidade também não demorou. O mesmo pode ser dito com relação aos municípios do Noroeste, onde o temporal prejudicou por intervalos não superiores a uma hora usuários das regiões de Maringá e Campo Mourão. No norte, os problemas tiveram início na noite de sábado para domingo com desligamentos em Siqueira Campos, São José da Boa Vista e Wenceslau Braz, onde foram atendidos 530 serviços que deixaram 98 mil unidades consumidoras sem energia. Em razão de rompimento de cabos, 8 mil usuários em Jardim Alegre e Alto Porã ficaram por até 3 horas sem energia.

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