A Copel (Companhia Paranaense de Energia) conseguiu sair do prejuízo registrado no ano de 2002 e fechar 2003 com lucro líquido de R$ 171,1 milhões. No ano anterior, a empresa havia registrado perdas de R$ 320 milhões. O resultado foi sustentado pelo bom desempenho do segundo trimestre de 2003, quando houve lucro de R$ 281,6 milhões. Em todos os outros trimestres, a Copel teve prejuízo. Nos últimos três meses de 2003, as perdas foram de R$ 89,1 milhões.

De acordo com a diretoria de finanças da Copel, os resultados apresentados em 2003 foram afetados, principalmente, pela continuidade da política de provisionamento da empresa.

A companhia registrou ainda aumento das receitas líquidas, que cresceram 12,1%, para R$ 2,99 bilhões em 2003. A melhora reflete o reajuste tarifário de 10.96% nas tarifas de energia elétrica e ao crescimento das vendas de energia por meio de contratos bilaterais.

Houve ainda aumento das despesas, que passaram de R$ 2,3 bilhões para R$ 2,89 bilhões em 2003, alta de 23%. Entre os motivos, a Copel cita a variação de 47,8% dos encargos para usar o sistema de transmissão, aumentos salariais e aquisições como as de gás para a UEG Araucária.

O Lajida (mesmo que Ebitda) atingiu R$ 387,9 milhões, valor 35,1% menor que os R$ 597,8 milhões registrados no ano anterior. O valor já incorpora a provisão de R$ 252 milhões feitas para o acordo com a Cien. Desconsiderando o acordo, teria sido de R$ 639,9 milhões. Em 18 de agosto do ano passado, a Copel fechou um acordo para contratos de compra de energia elétrica com a Cin (Companhia de Interconexão Energética). Além dos valores referentes à compra de energia, o acordo prevê o pagamento pela Copel de R$ 315 milhões, parcelado entre 2003 e 2007 (R$ 63 milhões por ano) pela energia adquirida antes da renegociação. Atendendo pedido de consultorias, a Copel devidiu provisionar em 2003 os valores subseqüentes aos anos seguintes.

Dívida

A Copel tinha, em 31 de dezembro de 2003, uma dívida de R$ 1,959 bilhão, o equivalente a 40,3% do patrimônio líquido da empresa, que é de R$ 4,858 bilhões.

Do total da dívida, R$ 874 milhões estão denominadas em moeda estrangeira e R$ 1 bilhão em moeda local.

Da dívida emitida em moeda estrangeira, R$ 811,31 milhões são de longo prazo e outros R$ 62,7 milhões, de curto prazo – que vence num prazo de 12 meses.

Das emissões em moeda local, R$ 203,6 milhões são de curto prazo e R$ 881,9 milhões, de longo prazo.

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