O presidente da Copel, Rubens Ghilardi, e o deputado Rafael Greca discutiram nesta quinta-feira (03) a proposta do presidente do Operador Nacional do Sistema (ONS), Mario Melo Santos, que esteve em Curitiba para explicar a meta de transferir o sistema de operação e manutenção da companhia para Florianópolis (SC). Segundo o governo do Estado, é mais seguro e vantajoso ao consumidor e à Copel a manutenção da operação de seus sistemas de geração e transmissão no Paraná.
A determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) previa a transferência da operação dos sistemas para Florianópolis em janeiro de 2006. Entretanto, uma ação popular proposta pelo deputado com objetivo de manter o gerenciamento atual recebeu decisão judicial favorável e a Aneel tem até o próximo dia 19 para recorrer.
Ao ressaltarem que o próprio planejamento da ONS prevê o retorno da operação para empresa em regimes de emergência, Ghilardi e Greca questionaram a necessidade da transferência, que não garantiria vantagens ao consumidor e não apresentaria garantias de segurança. ?A Copel quer operar suas usinas. O patrimônio é nosso, o ativo é nosso e queremos manter esta operação?, afirmou Ghilardi.
Para o deputado, a transferência deve aumentar os custos operacionais. ?Furnas e Eletrosul passaram o controle para o operador nacional, mas tiveram que criar seus próprios centros. São dois centros de controle que o consumidor deve pagar?, esclareceu. ?Se o controle volta para a Copel na emergência, qual o objetivo da mudança? Para o consumidor de Piraquara, por exemplo, ter que ligar para Florianópolis quando acabar a luz??, indagou.
Entre as razões que embasam o pedido de manutenção do controle pela empresa no Paraná também está o conhecimento imprescindível dos técnicos da empresa sobre as bacias hidrográficas do Estado. ?O Rio Iguaçu é um rio cujo volume sobe e desce muito fácil. O reservatório de Foz do Areia pode facilmente causar uma enchente em cima das cidades de Porto União e União da Vitória?, alertou o deputado.
