A Copel completa, nesta terça-feira, 50 anos como a maior empresa do Estado e referência nacional no setor elétrico brasileiro. “Conseguimos manter e expandir o objetivo da criação da empresa, evitando que ela fosse vendida e lesada”, comentou o governador Roberto Requião, referindo-se à tentativa de privatização da empresa e aos contratos que cancelou em sua gestão. O governador também ressaltou os programas sociais que a empresa tem implementando, como o Luz Fraterna. Com ele, cerca de 250 mil famílias têm a conta de luz pagas pelo Governo do Estado.

Atualmente, a Companhia é reconhecida internacionalmente como a terceira empresa no mundo mais respeitada em sua área de atuação. A Copel também foi a marca de grande empresa paranaense mais lembrada pelo público no ano de 2004, segundo as pesquisas do prêmio Top of Mind Paraná. Os serviços da empresa paranaense cobrem praticamente todo o Estado, com 3.147 mil unidades consumidoras ligadas. O percentual de atendimento chega a praticamente 100% dos domicílios nas áreas urbanas e de 90% nas regiões rurais. O universo de consumidores ligados com energia elétrica inclui 2,4 milhões de lares, quase 50 mil indústrias, 263 mil estabelecimentos comerciais e 325 mil propriedades rurais. 

Social

“A energia da Copel é fator de atração a novos empreendimentos produtivos no Estado, insumo para a melhoria da produção no campo, serviço para promover a inclusão social e também mecanismo para uma política efetiva de redistribuição de renda”, avaliou o presidente da empresa, Paulo Pimentel. O maior desses programas sociais é o Luz Fraterna, lançado por Requião em outubro do ano passado. Por meio dele, o governo estadual paga a conta de luz de até 100 kWh para as famílias de baixa renda cadastradas, junto à Copel. O benefício já alcança 247 mil famílias estabelecidas na área de concessão da empresa.

Para atender o seu mercado, a Copel construiu, opera e mantém uma estrutura que compreende um parque gerador de eletricidade próprio composto de 18 usinas, sendo 17 hidrelétricas, cuja potência instalada totaliza 4.549 MW e que responde pela produção de 7% de toda eletricidade consumida no Brasil, um sistema de transmissão com quase 7 mil km de linhas, 350 subestações e 165 mil km de linhas de distribuição ? o suficiente para circundar quatro vezes o planeta pela linha do Equador.

“Nem 50 anos, nem estímulo à economia e nem inclusão social teriam sido possíveis sem a participação direta e a decisiva intervenção do governador Roberto Requião”, afirmou Pimentel. “É preciso dizer que a firmeza de Requião salvou a empresa por duas vezes: em 2001, quando, como senador, liderou a resistência contra a privatização da Copel, e, em 2003, quando ordenou que fossem suspensos os pagamentos e renegociados os contratos lesivos de compra de energia firmados pela gestão anterior, que iriam quebrar a Companhia em pouco tempo”, completou.

Desenvolvimento

A realidade energética do Paraná na década de 50, época em que foi criada a Copel, era oposta à situação de hoje. Naquele tempo, a energia do Estado era desligada à noite por insuficiência de potência nos geradores para atender a todos os consumidores e para economizar combustível ? o diesel.

Assim, solucionar a escassez de energia elétrica que já vinha de longa data era problema imediato e urgente. “Sem energia, não haveria progresso nem desenvolvimento. E talvez nem houvesse o Paraná como o conhecemos”, relembrou Paulo Pimentel, que governou o Estado de 1966 a 1971. “Precisávamos de um sistema de infra-estrutura capaz de integrar as regiões com estradas, comunicações e energia elétrica”, relatou.

Diante da ausência desses serviços, surgiram correntes separatistas no Estado. Segundo o ex-governador, os movimentos eram fortes na região Norte, onde a idéia era constituir o Estado do Paranapanema e no Oeste e Sudoeste, com o Estado do Iguaçu. “A integração do Paraná se deu à custa de muito trabalho, principalmente da Copel, que propiciou a unidade territorial paranaense”, resumiu Pimentel.

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