A proximidade da Copa do Mundo não foi suficiente para elevar de forma significativa os gastos do consumidor em maio e também não levará a aumento expressivo de compras em junho. A avaliação é do coordenador de Sondagens Conjunturais do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Aloisio Campelo, que mostrou hoje recorte especial da Sondagem das Expectativas do Consumidor de intenções de consumo relacionadas à Copa.

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De acordo com Campelo, quando questionados se pretendiam gastar mais por causa da Copa, 25% dos entrevistados responderam que não; 11% disseram que sim; e 64% ficaram indecisos. "A impressão que dá é que o otimismo do brasileiro com o time não é o mesmo quando se fala de consumo e de economia", afirmou.

Para o economista, o consumidor ainda está cauteloso com os rumos da economia, e não vê a Copa como um motivo suficiente para elevar seus gastos. Entretanto, o recorte especial revelou uma perspectiva interessante: os consumidores de menor renda são os que mais confirmaram elevação de gastos relacionados à Copa do Mundo. Entre os consumidores com renda até R$ 2.100, 29% informaram que vão consumir mais por causa da Copa; esse porcentual é de 26% entre os consumidores entre as faixas de renda de R$ 2.100 a R$ 4.800; de 20% no âmbito dos consumidores entre R$ 4.800 a R$ 9.600; e de 25% entre os consumidores acima de R$ 9.600.

Na lista de produtos mais lembrados pelo consumidor, para comprar na época da Copa, o segmento de bebidas ocupa a primeira posição, seguida por vestuário; alimentação; outros (como festas e assinatura de TV a cabo); acessórios de torcida; e televisão – o único produto individual a aparecer na lista. O levantamento abrange entrevistas em 2.000 domicílios, pesquisados entre os dias 2 a 23 de maio.

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