Coordenador afirma que MST não vai sair imediatamente de fazenda em Unaí

Brasília – O gerente-geral da Fazenda AgroReservas do Brasil, em Unaí (MG), Genival Macedo, disse há pouco, por telefone, à Agência Brasil, que os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) acampados na propriedade ainda não desocuparam a área.

O MST ocupa a AgroReservas desde 25 de setembro, mas ontem (7) o juiz da Vara de Conflitos Agrários de Minas Gerais, Fernando Humberto dos Santos, concedeu liminar que permite aos proprietários a reintegração da posse da fazenda e, conseqüentemente, a desocupação das terras pelo MST.

"Eles se recusam a sair, estão relutando, por isso, o Estado precisa agir", disse o gerente Genival Macedo.

Segundo o gerente, dois oficiais de justiça foram hoje à fazenda comunicar a determinação judicial aos integrantes do MST e deram prazo até as 16 horas de hoje para que os trabalhadores deixem o local.

Um dos coordenadores estaduais do MST, Augusto Lima, admitiu que o grupo acampado na AgroReservas do Brasil não vai deixar o local "pacificamente", por ter sido, segundo ele, "irregular" a decisão do juiz. "Nós tínhamos fechado um acordo, durante audiência em Unaí, de que nos seria concedido um prazo de dez dias para entrarmos com uma contestação a respeito da liminar impetrada pelos proprietários, e para o Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] fazer o mapeamento da região, mas o juiz não respeitou esse acordo", disse Lima.

Lima acrescentou que a determinação de tirar cerca de 600 famílias que lá estão acampadas em apenas algumas horas representa "uma violação". "Queremos que a justiça seja feita. Se é para de fato nós sairmos que nos dê, no mínimo, um prazo até sexta-feira", finalizou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo