Brasília – Coordenador do grupo que acompanha a implantação da TV digital no país e integrante do Conselho de Comunicação Social do Senado, Fernando Bittencourt previu nesta segunda-feira (7) um prazo de 12 a 18 meses para que o novo sistema seja colocado no ar.
Depois de participar de reunião na Casa Civil do fórum permanente que trata do assunto ? composto por representantes do governo, de emissoras e empresários ?, ele acrescentou que a TV digital terá acompanhamento permanente do grupo. "Como o sistema foi concebido há dez anos, haverá necessidade de inovações tecnológicas, de forma a adequá-lo ao desenvolvimento atual da tecnologia", afirmou.
Bittencourt defendeu a realização de uma campanha para esclarecer a população sobre o uso da nova tecnologia. E lembrou que as emissoras, de acordo com o decreto que instituiu o sistema nipo-brasileiro, nos próximos dez anos terão a obrigação de transmitir tanto no sistema analógico quanto no digital, para os canais de TV aberta. Mas a transmissão adicional, a partir do segundo canal, terá que ser feita apenas no sistema digital.
Segundo o conselheiro, a transmissão digital terá semelhança com a qualidade de imagem do DVD, mas será opcional a uma emissora transmitir com padrão de alta-definição. E num mesmo canal de TV, com freqüência de 6 megahertz, e com a interatividade que o sistema permite, a emissora pode transmitir até quatro programas diferentes. No entanto, alertou, a qualidade não será a mesma.
Fernando Bittencourt destacou o benefício do uso da TV digital na área de educação, já que o telespectador poderá contar com produção adicional simultânea em mais de uma tela, enquanto está assistindo a uma aula no primeiro canal, por exemplo. Ele defendeu uma preocupação do governo, durante o aperfeiçoamento do sistema, no sentido de impedir que o consumidor receba da indústria produtos de má qualidade.