Brasília – O cooperativismo emprega cerca de 200 mil pessoas em todo o Brasil nas 7.500  cooperativas cadastradas na Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). O número de empregados é ainda maior se acrescidos os prestadores de serviços aos cooperados, que  não trabalham com carteira assinada, informou o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.

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As cooperativas vêm ganhando força na economia nacional. Atualmente 33% da produção agropecuária brasileira passa pelas cooperativas. O faturamento anual delas é de cerca de R$ 90 bilhões e os números refletem na vida dos trabalhadores agregando renda, disse Freitas. ?Agricultores ligados às cooperativas têm renda duas vezes e meia maior do que os que não participam desse tipo de arranjo?.

O presidente da Cooperforte, José Valdir Ribeiro, observou, no entanto, que essa forma de economia solidária enfrenta desafios para se expandir. Os principais, segundo ele, são a necessidade de uma legislação atualizada e a capacitação de gestores.

O presidente da OCB concorda com Ribeiro, e lembra que a lei das cooperativas é de 1971, e há cerca de 18 anos tramita no Congresso Nacional projeto para que a lei seja atualizada. ?O cooperativismo mudou, deixou o setor rural e hoje vive nos grandes centros urbanos. A lei hoje é impeditiva?, disse Freitas.

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O presidente da Cooperforte destaca a importância das cooperativas para os municípios. ?Os recursos gerados pela comunidade são aplicados na própria comunidade, gerando renda e emprego para o local. Se fizer uma movimentação com bancos, os recursos serão colocados onde existe uma demanda maior, que são os grandes centros?, explica Freitas.

A região do país que concentra o maior número de cooperativas é a Sudeste, seguida por Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte.

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