Brasília ? Os conversores para captar a transmissão digital nos televisores comuns devem ser vendidos inicialmente a um preço médio de R$ 200. É o que indica um estudo do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), que apoiou o grupo de gestão da TV digital no Brasil. A idéia é fazer pesquisas para produção de conversores mais baratos, segundo o diretor do centro Ricardo Benetton Martins.

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De antemão, poderá receber o sinal digital quem possui televisor de cristal líquido ou plasma. Mas ninguém precisa comprar imediatamente um novo aparelho, até porque esses modelos são caros. Basta usar um adaptador ou caixa de conversão do sinal digital para o analógico.

Para Benetton, a aquisição do conversor terá de oferecer alguma vantagem para estimular o interesse dos consumidores, já que o sinal analógico continuará sendo transmitido por dez anos. "Esse conversor vai ter de oferecer algum diferencial, como um número maior de canais, uma recepção melhor. O mercado vai dar o ritmo e definir o que as emissoras vão fazer de diferente para que o cidadão tenha interesse".

O diretor do CPqD achou "ousada" a decisão do governo brasileiro, "no sentido de que o Brasil está se propondo a participar do desenvolvimento de um sistema tão sofisticado quanto o de TV digital". Ele afirma que, pelo que presenciou das negociações, os japoneses ofereceram as melhores contrapartidas para o Brasil poder trabalhar junto com o Japão e desenvolver um sistema mais adaptado à nossa realidade. "Vamos fazer um sistema nipo-brasileiro".

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Em termos tecnológicos, Benetton avalia que o sistema japonês permite fazer com mais qualidade, por exemplo, a recepção móvel, portátil e fixa usando o mesmo canal de 6 megahertz. "Esse é o diferencial do sistema japonês em relação aos outros [europeu e norte-americano] do ponto de vista tecnológico".