Convênio promove estudos sobre lodo de fossa séptica

O governador do Estado, Roberto Requião, autorizou o mais novo convênio de estudos sobre lodo de fossa séptica. Fazem parte do acordo a Sanepar, a Financiadora de Estudos e Pesquisas (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia, e a Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus (Unifae Centro Universitário).

No Brasil, a fossa séptica é um dos sistemas alternativos mais utilizados para a gestão do esgoto sanitário, embora existam poucos estudos sobre o tema. Entre os quase 144 milhões que compõem a população urbana no país, apenas 50,6% são atendidos por serviços de coleta de esgoto. O restante da população, cerca de 71 milhões de habitantes, faz a própria gestão do esgoto através de fossas sépticas, de acordo com dados da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades.

?O lodo de fossa séptica é um elemento altamente poluidor que precisa de tratamento e disposição adequados. Lançá-lo a rios sem tratamento é uma ação freqüente, mas totalmente condenável?, explica a diretora de Meio Ambiente da Sanepar, Maria Arlete Rosa. Esta diretoria é o braço da Sanepar no convênio.

O projeto de pesquisa a ser desenvolvido com duração de dois anos, preocupa-se em caracterizar o lodo, verificar tecnologias de tratamento, gerenciamento e destino final. Cerca de R$ 220 mil vão ser destinados pela Finep aos estudos. ?O projeto será executado pela Unifae, e a Sanepar fará sua parte, permitindo que os pesquisadores da Associação de Ensino freqüentem as estações de tratamento de esgoto da empresa, tenham acesso aos dados de operação e realizem troca de conhecimentos com nossos técnicos envolvidos na pesquisa sobre lodo. Não está previsto nenhum desembolso por parte da Sanepar que, neste convênio, tem o papel de interveniente técnico?, explica o presidente da empresa, Stênio Jacob, que fez a solicitação de aprovação do convênio ao governador.

Segundo Stênio, os resultados da pesquisa devem fornecer informações importantes para a Sanepar. ?Os dados poderão trazer adequação e aprimoramento das condições de saneamento para a população, o que contribui significativamente para a melhoria da saúde e qualidade de vida.?

Stênio ainda destacou a importância da pesquisa científica para a inovação tecnológica no setor de saneamento, resultando em procedimentos mais baratos, com economia de recursos e energia, e na otimização de tecnologias para gestão e tratamento de lodo de fossa séptica. ?Não podemos esquecer que o estudo poderá contribuir para a preservação e recuperação ambiental de corpos hídricos?, diz a diretora Maria Arlete.

O projeto a ser desenvolvido pela Unifae e Sanepar vai integrar a rede nacional de pesquisa sobre lodo de fossa séptica do Programa de Pesquisa em Saneamento Básico (Prosab 5), da qual participam cinco instituições, uma de cada região do Brasil: Unifae (Sul), EESC-USP (Sudeste), UNB (Centro-Oeste), UFRN (Nordeste) e UFPA (Norte). O coordenador geral da rede, indicado por unanimidade, é o engenheiro da Sanepar, Cleverson Andreoli, gerente da Assessoria em Pesquisa e Desenvolvimento (APD/DMA). De acordo com ele, os resultados da pesquisa deverão ser publicados em artigos e num livro sobre o tema com as melhores experiências e resultados obtidos pelas instituições participantes.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo