Convênio pode permitir auto-suficiência do país na produção de hemoderivados

Brasília – Convênio firmado entre o Ministério da Saúde e a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras) vai permitir que 160 hemocentros recebam equipamentos para congelar e armazenar o sangue coletado de doadores em todo o país.

O objetivo é chegar à auto-suficiência na produção de plasma e hemoderivados no Brasil até 2.010. O convênio vai garantir a continuidade e expansão de programas voltados a transfusão e aos hemofílicos e possibilitará a qualificação de 300 mil litros de plasma.

Durante cinco anos, serão disponibilizados R$ 19 milhões para a conclusão dos trabalhos.Para o presidente da Hemobrás, João Paulo Baccara, além de garantir a eficiência nas transfusões de sangue, o novo equipamento vai possibilitar mais qualidade do plasma armazenado.

?Para que o plasma tenha qualidade em excelência, de nível internacional, ele tem que ser congelado o mais rápido possível. A nossa legislação fala em seis horas após a coleta do sangue. Com os novos equipamentos, o plasma poderá ser congelado em 30 minutos. Isso assegura uma qualidade ao plasma, para o fracionamento, muito maior?, disse.

Atualmente, o Brasil gasta US$ 130 milhões com a importação de fatores sanguíneos que ajudam na coagulação do sangue de hemofílicos. Com o convênio, os materiais devem ser produzidos no Brasil e destinados aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), com preço mais acessível.

Baccara lembrou que para o bom funcionamento do processo é necessário manter a qualidade do serviço desde a coleta do sangue. ?É como se fabricássemos um refrigerante. Para atingir o sabor desejado, que todo mundo gosta, todas as etapas de trabalho tem que ser seguidas rigorosamente. A lavagem do vasilhame, a mistura dos componentes e é o que vai acontecer com o plasma. Toda a cadeia que antecede o congelamento do plasma até o fracionamento é importante?.

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