Brasília – O Ministério da Justiça e o Banco do Brasil assinaram um convênio para combater a lavagem de dinheiro. Por meio dessa parceria serão implantados dois programas que devem facilitar o bloqueio, o cadastro e a venda de bens apreendidos do crime organizado. Um dos programas vai bloquear os bens que estiverem sendo investigados.
O bloqueio será feito por meio da unificação de cadastros de órgãos públicos responsáveis pelo registro de bens no Brasil. Com o outro programa será possível leiloar pela internet todos os bens apreendidos no país. A idéia é evitar que os bens bloqueados se deteriorem, e com isso gere prejuízos aos cofres públicos.
Para o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o combate à lavagem de dinheiro é a principal ferramenta contra o crime organizado. "Uma das formas mais eficientes de combater o crime organizado é lutar contra ele tentando destruir a sua causa final, tentando combater por um lado e construir por outro um sistema e coordenar uma estratégia de combate à lavagem de dinheiro". De acordo com Bastos, esse combate não pode ser feito apenas por uma instituição, "tem que ser feito por todos os organismos do Estado".
O presidente do Banco do Brasil, Rossano Maranhão destacou que o convênio é mais um instrumento de combate ao crime nas instituições financeiras. "Estamos satisfeitos em saber que teremos mais instrumentos contra o crime e a lavagem de dinheiro, porque no Banco do Brasil nós queremos produzir resultados para os nossos clientes e acionistas, mas negócios escusos e clientes que estejam envolvidos com lavagem de dinheiro ou qualquer outro tipo de crime não terá vez na nossa casa", disse Maranhão.
De acordo com o Ministério da Justiça, em 2005, foram instaurados 359 inquéritos, 48 ações penais por lavagem de dinheiro e 90 pessoas foram condenadas por essa prática.
