O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Tráfego Aéreo do Rio de Janeiro, Jorge Botelho, advertiu nesta sexta-feira (11) para o perigo a que a população está sendo submetida com a postura do Comando da Aeronáutica de pressionar os controladores de vôo nos interrogatórios do Inquérito Policial Militar (IPM), aberto para investigar o motim de 30 de março. "O problema maior é que muitos deles, saem do interrogatório, que tem sido sempre muito duro, com muitas ameaças, completamente abalados e são obrigados a assumir seus postos nas mesas de controle de tráfego aéreo, colocando em risco a vida das pessoas.

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Botelho acrescentou que estava fazendo o alerta porque "teme pelo que possa acontecer e aí não adianta dizer que não houve um aviso". A Aeronáutica informou que está conduzindo o IPM dentro das formalidades que o inquérito exige e que em nenhum momento está havendo comprometimento da segurança de vôo.

O IPM foi aberto no início de abril e o prazo inicial de 40 dias de conclusão dos inquéritos está se expirando. Mas a Força Aérea ainda não informou se os responsáveis pelos quatro IPMs abertos, para investigar a movimentação dos sargentos-controladores em todo o País, pretendem pedir prorrogação do prazo para finalizar seus relatórios, de novos 20 dias. Apesar de a Aeronáutica ter pressa na conclusão dos trabalhos, a expectativa é de que o prazo seja prorrogado por mais 20 dias.

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