No momento do choque entre o avião da Gol e o jato Legacy, os controladores de vôo em Brasília responsáveis pelo setor do controle aéreo entre a capital e a região Norte do País monitoravam apenas cinco aviões em vôo simultaneamente. A informação foi dada a um grupo de parentes de vítimas da queda do Boeing em Mato Grosso, dia 29 de setembro, pelo coronel Rufino da Silva Ferreira, presidente da comissão de investigação do acidente.

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Segundo relato de Jorge André Cavalcante, que perdeu um sobrinho na tragédia, o coronel informou aos representantes das famílias que naquele dia não havia excesso de trabalho aos profissionais que acompanhavam o setor. "Ele nos contou que os controladores monitoram cinco aviões simultaneamente", disse Cavalcante que, acompanhado de outras seis pessoas, se reuniu reservadamente com Rufino para ter mais explicações sobre o relatório preliminar as investigações do acidente.

"Foi esclarecedor para tirarmos algumas dúvidas que tínhamos, mas não encerra tudo. Ainda queremos mais informações e mais justificativas porque o nosso pesadelo não acabou", afirmou. Além do coronel Rufino, também participou da reunião o chefe do Departamento de Comunicação da Aeronáutica, brigadeiro Teles Ribeiro.

Representantes da Aeronáutica pretende viajar aos Estados Unidos na próxima semana para conversar com a direção da Federal Aviation Administration (FAA), órgão de fiscalização do setor aéreo americano. De acordo com Jorge Cavalcante, as autoridades brasileiras querem conhecer detalhes dos procedimentos americanos no setor de aviação e também repassar informações sobre o sistema brasileiro com "o objetivo de evitar novos mal-entendidos" quando pilotos americanos cruzarem o espaço aéreo do País.

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