Contraste entre ídolos: Ronaldinho festeja, Kaká chora

Os dois principais nomes da seleção brasileira com a ausência de Ronaldo têm motivos de sobra para lembrar a temporada 2004-2005.

Ronaldinho Gaúcho, alegre, festeja o maior título de sua carreira – excetuando o da Copa de 2002 -, o de campeão espanhol e Kaká lamenta a maior decepção de sua vida esportiva, a perda da Liga dos Campeões da Europa.

Um dos assuntos mais comentados entre os atletas na Granja Comary é justamente a temporada européia, que terminou para alguns e está no fim para outros. Quase todos, afinal, atuam no Velho Continente. Dos 22 convocados para a seleção, 18 defendem equipes européias. Os únicos do Brasil são Marcos, do Palmeiras, Robinho e Ricardinho, do Santos, e Grafite, do São Paulo.

Ronaldinho só tem motivos para comemorar. Seus últimos meses foram maravilhosos. Maior ídolo da torcida do Barcelona, comandou o time na conquista do Espanhol com duas rodadas de antecipação, desbancando o rival Real Madrid. Ganhou o prêmio de melhor do mundo de 2004, em eleição promovida pela Fifa, e chega para mais dois jogos das Eliminatórias Sul-Americanas como líder da seleção. "Cheguei à seleção 100% fisicamente e feliz por ter terminado o ano com um título importante", declarou Ronaldinho, com um largo sorriso.

Kaká, ao contrário, desembarcou no Rio ainda com a amarga lembrança da derrota do Milan para o Liverpool, na final da Liga dos Campeões, há uma semana, na Turquia. O meia reconhece ter vivido o momento mais triste na ocasião e o Milan lamenta um dos maiores fracassos de sua história. "É difícil esquecer o Liverpool e tudo o que aconteceu naquele jogo", desabafou Kaká, referindo-se à virada da equipe inglesa.

O Liverpool perdia por 3 a 0 até o início do segundo tempo, chegou ao empate e ficou com a taça após vitória nas cobranças de pênalti. "Não há o que falar, não há uma explicação para o que ocorreu no jogo, vai ser inesquecível pelo lado negativo", admitiu. "Mas sou novo e terei outras oportunidades."

Sua primeira temporada no Milan, 2003-2004, foi melhor do que a segunda, mas o jogador segue prestigiado na Europa e na seleção, da qual é titular e conta com total apoio de Carlos Alberto Parreira. "Ele é muito técnico, inteligente, arma bem e chega ao ataque", avaliou o treinador.

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