Prossegue animadíssima a sarabanda em que se transformou a lavagem de roupa suja amontoada pelo caos do sistema de controle do tráfego aéreo no País. O fim do ano está aí e ninguém ousa arriscar um palpite sobre o que poderá acontecer com os passageiros das companhias de aviação.
Desde o fatídico acidente com o avião da Gol, assistimos a uma torrente de declarações emitidas por autoridades do setor, a começar pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, incluindo o comandante da Aeronáutica e oficiais responsáveis pelas chefias dos Cindactas, por sua vez, instâncias funcionais do controle aéreo.
Ocorre que o estupor da sociedade cresceu com a sucessão de confusões nos principais aeroportos do País, com atrasos e suspensão de vôos, situação derivada de panes em aparelhos de comunicação utilizados pelos controladores e até da estafa psicológica de muitos deles, especialmente no Distrito Federal.
O pior foi verificar o alto grau de contradições nas declarações das autoridades, cujas opiniões se dividem, para começo de conversa, em torno da dicotômica participação de militares e civis como controladores de vôo.
O ministro do TCU, Augusto Nardes, afirmou que culpado é o governo por não repassar R$ 600 milhões para a Aeronáutica nos últimos três anos. Fontes da arma confirmam a informação, aduzindo que o dinheiro contingenciado fez muita falta na melhoria do controle aéreo. O ministro Waldir Pires encontrou a saída: conclamou os basbaques a rezar e apertar os cintos…