O juiz Marcos César Romeira Moraes, da Justiça Federal de Maringá, condenou à prisão 23 integrantes da "Firma", a maior quadrilha de contrabandistas do País, chefiada por José Doniseth Balan. Balan foi condenado a 12 anos e nove meses por contrabando, formação de quadrilha e corrupção ativa, mas a pena mais dura recaiu sobre Eder Fabicheo – 13 anos e seis meses – porque ele foi condenado também por outros crimes, entre eles o de estelionato. A menor pena é de dois anos e quatro meses.

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A "Firma" foi desmontada em abril do ano passado pela Operação Hydra, realizada pela Polícia e Receita Federal, com apoio logístico do Exército e da Aeronáutica. Mais de 80 pessoas foram detidas em quatro Estados, entre elas cartorários, policiais militares e funcionários públicos, e mais de 400 veículos foram apreendidos. O juiz determinou também que parte desses veículos seja entregue ao Exército.

A "Firma", que juridicamente respondia pelo nome de Transbalan, tinha sede em Dourados (MS) e contrabandeava principalmente cigarros produzidos no Paraguai pelas cidades de Ponta Porã (MS) e Guaíra (PR). O esquema, segundo estimativa da Receita Federal, movimentava mensalmente cerca de R$ 30 milhões. Balan residia em Maringá e vários de seus cúmplices eram seus parentes – Pedro Luis Balan, Luis Carlos Balan e Roberto Balan.

Clodoaldo Carlos Favaro, sócio de Balan, foi condenado a quatro anos e seis meses porque colaborou com a Justiça. Vinte e um dos condenados estavam presos desde o desfecho da Operação Hydra, mas a 12 foi permitido recorrer da sentença em liberdade. Kelvis Fernando Rodrigues está foragido.

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A quadrilha chefiada por Balan passou a ser investigada por orientação da CPI da Pirataria, encerrada em 2004. Um dos coordenadores da Operação Hydra, o fiscal da Receita Federal em Maringá, José Antonio Sevilha, foi assassinado em setembro e o crime ainda não foi elucidado.